Septuaginta – O que é?
Septuaginta (às vezes abreviada LXX) é o nome dado à tradução grega das Escrituras judaicas. A Septuaginta tem a sua origem em Alexandria, no Egito, e foi traduzida entre 300-200 AC. Amplamente usada entre os judeus helenísticos, esta tradução grega foi produzida porque muitos judeus espalhados por todo o império estavam começando a perder o seu idioma hebraico. O processo de tradução do hebraico para o grego deu também a muitos não-judeus uma breve demonstração do judaísmo. De acordo com um antigo documento chamado de A Carta de Aristeu, acredita-se que 70 a 72 eruditos judeus foram contratados durante o reinado de Ptolomeu Filadelfo para realizar a tarefa de tradução. O termo "Septuaginta" significa setenta em latim, e o texto é assim chamado para dar crédito a esses 70 estudiosos.
Septuaginta – Influência no Cristianismo
A Septuaginta foi também uma fonte do Antigo Testamento para os primeiros cristãos durante os primeiros séculos depois de Cristo. Muitos cristãos primitivos falavam e liam grego, por isso eles se baseavam na tradução da Septuaginta para melhor compreender o Antigo Testamento. Os escritores do Novo Testamento também dependiam fortemente dessa obra, já que a maioria das citações do Antigo Testamento feitas no Novo Testamento são citadas diretamente dela (as outras são citadas diretamente dos textos em hebraico). Os pais da igreja grega também são conhecidos por terem citado a Septuaginta. Ainda hoje, a Igreja Ortodoxa Oriental depende dessa tradução para os seus ensinamentos do Antigo Testamento. Algumas traduções modernas da Bíblia também a utilizam, juntamente com os manuscritos hebraicos, como sua fonte de estudo.
Septuaginta – O que ela contém?
A Septuaginta contém os 39 livros do cânone do Antigo Testamento, bem como certos livros apócrifos. O termo "apócrifo" foi formado pelo estudioso bíblico do quinto século, Jerome, e geralmente se refere ao conjunto de antigos manuscritos judaicos escritos durante o período entre o último livro das escrituras judaicas, Malaquias, e a chegada de Jesus Cristo. Os livros apócrifos incluem: Judite, Tobias, Baruque, Siraque (ou Eclesiástico), Sabedoria de Salomão, Primeiro e Segundo Macabeus, os dois livros de Esdras, adições ao livro de Ester, adições ao livro de Daniel e a Oração de Manassés.
Os livros apócrifos foram incluídos na Septuaginta para fins históricos e religiosos, mas não são reconhecidos pelos cristãos protestantes ou judeus ortodoxos como sendo canônicos (inspirados por Deus). A maioria dos professores da reforma afirmam que os escritores do Novo Testamento nunca citaram os livros apócrifos e que esses livros nunca foram considerados parte da escritura canônica judaica. No entanto, a Igreja Católica Romana e as Igrejas Ortodoxas incluem os apócrifos em sua Bíblia (com exceção dos livros de Esdras e a Oração de Manassés).
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